jueves, 7 de febrero de 2008

Rio das Flores

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Ontem e a caminho de Nuremberga acabei de ler o novo livro do Miguel Sousa Tavares, o Rio das Flores. Este foi o meu primeiro contacto com a escrita do MST, quando saiu o Equador estava para ler mas irritou-me toda a excitação à volta do livro e por isso, armei-me em Cumbre, e não li. De resto o que conhecia do MST era o seu fanatismo pelo Porto e em geral por tudo o que lhe permitisse criticar e dizer mal, no entanto e apesar do que disse atrás aprecio-lhe bastante a frontalidade. Assim sendo estava com alguma curiosidade para ler o livro e graças à minha cunhadita Sara pude começar a lê-lo já no início de 2008!

Agora e virando-nos para o livro em si... gostei mais ou menos. Como é óbvio não vou criticar a escrita, vocês que lêem diariamente, o que e como eu escrevo, sabem, tal como eu, que serei, seguramente, uma das últimas pessoas que podem criticar isso.

O que eu não gostei foi, especialmente, o final do livro. Como é óbvio não vou contar e estragar o final a quem não leu, apenas digo que não me pareceu que tivesse muita lógica a maneira como acabou... O que também me stressa um pouco é que cada livro escrito por esta nova geração de escritores/jornalistas tem de ter pelo menos 600 páginas. Essas 600 páginas são justificadas se houver história para isso, neste caso e para mim, não há... há sim um excesso de descrições e até mesmo de repetição dessas mesmas descrições!

No entanto e apesar desses defeitos o livro teve a grande qualidade de me conseguir prender a lê-lo. Raro é o livro que consigo ler assim em 20 dias, ainda por cima tendo em conta as 600 páginas! Gostei também dos conteúdos políticos, especialmente todo o desenvolvimento da Guerra Civil Espanhola e a sua relação com o Estado Novo, é sempre bom aprender melhor essas coisas ainda por cima tendo em conta que agora estou aqui em Espanha. Em relação às descrições gostei especialmente da do Rio de Janeiro... dá mesmo vontade de ir lá...

Resumindo, aconselho-vos a ler nem que seja para melhorarem os conhecimentos sobre a triste história da Europa desde os inícios dos anos 30 até ao final da 2ª grande guerra, fico também à espera de ver se concordam comigo sobre o final...

Ps1: Acho que depois disto já quase me posso tornar um crítico literário... faltou só dar uma nota ao livro....
Ps2:
Pronto... recebe um 14 em 20.

8 comentarios:

Anónimo dijo...

Tantotempo para ler um livro! Já que estás na onda eu empresto "O Equador", que para mim é melhor.
Beijinhos.
Caína

Diogo Osório Rodrigues dijo...
Este comentario ha sido eliminado por el autor.
Anónimo dijo...

és sempre muito critico! Mas um 14 teu, é quase um 20 do resto da humanidade!

abraço
Carlos

Anónimo dijo...

O que anda a acontecer que já é o segundo comentário suprimido????

Alguém explica???

Já não há "liberdade de expressão"???

Se o MST vê isto atira-se a ti como um dragão corrupto e convencido!

Viva a Liberdade!

Grândola Vila Moreeeeena, Terra daaaaa Fraternidaaaaaade!

Beltrão dijo...

Meu Borrego... diz que o Autor é que eliminou o comentário... Não fui eu... palerma... Estive a ver e foi um tal de Osório... o que é que ele quereria dizer que se arrependeu?

Mãe, quanto ao Equador por agora dispenso... vou fazer umas férias de MST de um ano...

Carlos... chama-se exigência! :)

LT dijo...

Não sabia que tu lias... livros!!! Muito bem... qualquer dia fazes como o teu primo (mais velho) e levas uns 10 livros de férias para leres 2 ou 3 ao mesmo tempo... :)

Anónimo dijo...

Andas armado em prof. Marcelo. Já fazes sugestões de leitura e dás notas!?!? ahahah

Por acaso esse é um dos livros que está em espera para leitura.
é que o sehor Alan greenspan tambem se lembro de escrever um de 600 paginas e eu "empanei" a meio.

Grande abraço

Beltrão dijo...

Realmente admito que não tenho muito esse hábito... mas este ano gostaria de conseguir ler pelo menos uns 12 livros (1 por cada mês), quase tantos como o meu primo (o mais velho!) lê nas férias!

Gonçalo, tanta coisa pra dizeres que não percebeste patavina do The Age of Turbulence? Devias começar com uns mais fáceis!